TELMEX

Estava pensando… acho que nunca, desde meados do século XIX, quando a independência se consolidou e o território ficou definido, um grupo político como a atual direita brasileira atentou contra a soberania nacional. Eu desconheço…
Tivemos grupos mais entreguistas, como a UDN, que se mantém ativos até hoje e são hegemônicos na cena política atual, organizados em torno do privatismo.
Mas, mesmo durante a ultima ditadura os militares de então eram nacionalistas. Brasil Grande, 200 milhas, acordo nuclear, Itaipu, Transamazônica…. Não estou entrando no mérito qualitativo, não é este o ponto. O ponto é: hoje a extrema direita, parlamentares e governadores, e parcela da sociedade que representam, desejam não negociação. Desejam capitulação.
E isto, me parece, é novo. Nunca houve, que eu me lembre, a explicitação de um desejo de intervenção externa no Brasil e/ou de solicitação/aceitação de ingerência e chantagem contra o país e seus poderes constituídos.
Estamos num momento único. E transmitido ao vivo. Via Embratel, digo, Telmex.

Valter Caldana

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MANGA

Diante da guerra comercial moderação é também saber fazer contenção de danos decorrentes do ataque e minimização de perdas. Sabendo que haverá perdas.
Defender a soberania vai exigir esforço, desprendimento e fibra.
Mas, pela leitura da notícia, infelizmente sinto cheiro de subsídio no ar (nós pagando a conta sozinhos, claro).
Ontem vi um compungido produtor dizendo que não tinha onde colocar as mangas que produziram. Na hora pensei na merenda escolar e numa infinidade de receitas com a manga, sua casca e seu caroço (e nem assisto o programa da filha do Gil).
Pensei que as empresas aéreas, aquelas que passaram a cobrar o despacho de malas para baratear as passagens, podem fazer o transporte, assim como as grandes linhas de ônibus… as empresas de embalagens também podem participar do esforço e talvez não se percam tantas mangas assim.
Mas, para não perder a piada já que certamente algum amigo mangueiro já perdi, claro que esse assunto vai dar sempre muito pano para manga.

Valter Caldana

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2025/07/seis-setores-da-industria-dizem-nao-ter-como-redirecionar-bens-comprados-pelos-eua.shtml?fbclid=IwY2xjawLl385leHRuA2FlbQIxMQABHg0ickgweA3LvCqn4tctC0xbXkjd89Gjls-XhN93oCp9MhBJLW6YRbdpvR_I_aem_TUfn6XgydRoXIJto2vNJ1g

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BRASIL

O presidente norte americano, com a sutileza que lhe é peculiar, está, com uma singela carta e alguns decretos, prestando alguns favores à sociedade brasileira.
O primeiro é deixar claro que nossa extrema direita é entreguista e não tem real amor pelo Brasil, apenas por seu projeto político-ideológico e privilégios de seu grupo.
Outro favor é identificar a extrema direita com clareza. Quem não saltou imediatamente, sem pestanejar, em defesa dos interesses pátrios faz parte deste projeto e desta posição política. Foi possível, finalmente, separar os governadores e parlamentares fiéis ao Brasil e os que não são.
Por fim, outro favor importante, foi criar a possibilidade de uma grande união nacional, ainda que temporária (já basta) em defesa de nossas instituições, em especial o judiciário e, sobretudo, em torno de nossas riquezas no campo e na cidade.
Independente do que aconteça nos próximos meses, dada a profundidade e a gravidade da ameaça real sofrida pelo Brasil, o comportamento de nossas lideranças na última semana deve ficar registrado e deve pautar o diálogo e as negociações políticas nacionais daqui para frente.
É na hora da real ameaça externa que se conhece o valor de cada um.
No 14 de julho, sugiro fortemente que se releia um pouco sobre a República de Vichy, a linha Maginot e o que significa ser patriota.
Brasil!!

Valter Caldana

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GUERRA

Tem gente que ainda não entendeu que nosso país é tão abençoado, e nós também, que a única ameaça externa de guerra real que todos os brasileiros vivos neste momento estamos assistindo é só comercial. Nenhum de nós, brasileiros vivos, salvo honrosas exceções de nonagenários e centenários que muito nos orgulham, jamais havíamos sentido na pele uma ameaça real. E digo “só comercial” porque temos um país que soube diversificar suas parcerias comerciais globalmente, que pagou sua dívida externa há mais de década e que tem reservas internacionais. Mas, é bom que fique claro para quem ainda não entendeu, que guerra comercial é Guerra. E, quando um país entra em Guerra ele se une. E quem não se une ao país não é do contra. É traidor. É bem simples. Liga na Netflix que tem um monte de filme explicando. Use, na busca (é quela lupinha, uma bolinha com uma haste inclinada, tortinha) a palavra chave GUERRA.

Valter Caldana

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PASSA

Fala-se muito, eu inclusive, do minhocão.
Já alertei várias vezes, no entanto, que aquele monstro assassino de cidades que chamamos minhocão é apenas uma parte do grande Rhinodrilus Alatus que nos devora.
Este outro trecho do monstro, por sua vez, é tão ou mais deletério que o seu rabo (ou cabeça) famoso e sufoca o Glicério, região, do ponto de vista da localização, privilegiadíssima da cidade e mais um enorme, quase incalculável, prejuízo causado pela versão truculenta do modelo rodoviarista que herdamos da década de 1970.
Neste caso, ele é também muito didático: a região sofria com alagamentos constantes e enchentes severas.
Então, qual a solução dada?
Suspende o viário!!
Alguns diriam venda o sofá, outros diriam corte a cabeça que a enxaqueca passa.

Valter Caldana

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