Então, Antão.

Então, Antão, vamos lá…

Não quiseram discutir e fazer a revisão do PDE, e agora teremos que aturar as tentativas de revisar a Lei de Zoneamento direto.

Ou seja, vai se confirmando o que dizia há um ano. Enfiar a cabeça no buraco, e blá-blá-blá…

_ Ah, mas o Tribunal não vai deixar. Vai suspender a revisão da LPUOS.
_ Isso! Também acho (espero).

Porém, Com isso, potencializamos e ampliamos ainda mais a já excessiva judicialização das questões urbanas e da produção da cidade, o que nos afasta a todos da realidade e da ação.

Mas, isso é apenas uma parte da tragicomédia.
A pièce de resistence é que, sabe o que vai acontecer na prática?
Teremos este zoneamento que está destruindo a cidade vigindo até, pelo menos, 2025.

Vitória!!!
Só não entendi bem (sei…) de quem!

Valter Caldana

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Águas rápidas

Águas rápidas e carros lentos
os males de São Paulo são.

Em janeiro de 2020 participei de um debate televisivo sobre as habituais enchentes, os alagamentos e as inundações que ocorrem em janeiro e fevereiro na cidade de São Paulo.
A síntese é simples: quando se convive com uma problema durante um século, ele não é realmente um problema. É uma opção.

Valter Caldana

https://www.youtube.com/watch?v=Yhe3NtCx3l4
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Tradição

Prefeitura de São Paulo cede terreno
destinado a Parque para a Vai Vai.

Com esta chamada na capa a Folha de São Paulo de ontem traz matéria sobre esta operação, assinada pelo prefeito em exercício.

A tradição da gestão urbana paulistana se servir de terra pública como se ela fosse lote privado e dela fazer uso limitado e sem alcance, desconsiderando os interesses estratégicos futuros e coletivos, como meu avô, sua tia, aquele primo distante ou mesmo você ou eu faríamos é intransponível. Imutável. É tradição.

Outro dia foi a renovação da concessão do CT do São Paulo, logo deve ser a do Palmeiras, agora Vai Vai …

Não há a menor chance de um dia o poder público e seus agentes entenderem que terra urbana, sobretudo a pública, não se olha da divisa para dentro, mas da divisa para fora. E entenderem que este seu aspecto, e esta sua obrigação como gestores, é o que definirá o que fazer nestas terras da divisa para dentro.

Não há a menor chance.

Nas poucas vezes em que se organizou a possibilidade disto acontecer, como quando da criação da EMURB, há 50 anos (meio século!!) ela foi rapidamente desmobilizada.
Mesmo havendo os importantes exemplos deixados por ela na cidade, ou ainda diante dos exemplos que se tem em cidades importantes mundo afora, estes de nada adiantam.

E vamos lá! Sigamos em frente, administrando a cidade como se administram os lotes do espólio de uma família abastada. Porém, infelizmente, administrando usando a “lógica do cunhado” como diria minha avó.

Em tempo, creio que não haveria o MENOR problema em ceder a área para a escola de samba – acho até mesmo interessante que isso aconteça já que ela está perdendo sua área tradicional lá na Bela Vista assim como acredito que usos culturais são adequados nos baixios do vale – se a cessão fosse parte de um projeto urbano para a área, com as contrapartidas proporcionais e adequadas. No entanto, mesmo o projeto (mais de um, inclusive) existindo, nosso problema é: defina projeto, defina urbano, defina área.

Já lote, não precisa definir. Nem tradição.

Valter Caldana

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Feliz 2050

Cada vez mais brasileiros, segundo a imprensa e institutos de pesquisa, estão utilizando restos de madeira e papel para fazer fogo em suas residências para aquecer água, cozinhar e banhar.

Diante deste tipo de coisa, que parecia distante mas que não é nenhuma novidade por aqui, nós, 50tões, 50tonas, 60tões e 60tonas, não temos dois direitos, que a vida já consumiu.

. Fingir que não sabemos.
. Não contar o que se sabemos.

Por exemplo, não temos o direito de fingir que não sabemos que tudo explodiu, que ainda vai piorar bem mais e que vai demorar muito, mas muito mesmo para reconstruir o país (em outras bases).

Tampouco temos o direito de não avisar isso aos mais jovens, em especial 30/40tões e 30/40tonas, alertando, no entanto, que se é verdade que vão ter muito trabalho, lá adiante haverá um outro período de avanço. Espera-se que, se aprenderem com nossos erros e acertos, mais sólido e duradouro.

Quantitativamente, podemos dizer que a turma de 1946 segurou a onda 18 anos. Nós, a turma de 1985, seguramos 30 anos, quase o dobro. Quem sabe a próxima turma  conseguirá segurar 50 anos, talvez 60 …

Bem, tudo isso para dizer que o réveillon de 2050 tem tudo para ser maravilhoso!

Valter Caldana

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Direita, vou ver?

As manifestações da direita old fashion republicana esta semana, a propósito de aniversário de um ano da invasão do Congresso norte-americano por eleitores, também de direita e republicanos, de Donald Trump colocou alguma luz sobre algo de que pouco se tem falado.

Como se ouviu e se leu a parti do posicionamento de lideranças como Bloomberg, há uma feroz disputa de poder nas hostes do partido com fortes reflexos na sociedade. E, parece, tanto lá quanto cá os obscurantistas estão ganhando de lavada.

A diferença, tudo indica, é que lá a direita old fashion – humanista e com solidez ideológica – tem responsabilidade, projeto coletivo, a Democracia (liberal burguesa) como valor inalienável, a dimensão do brutal erro cometido e, pelo visto, não capitulou às benesses do poder a qualquer custo.

Já aqui, fico me perguntando se vamos ver…

Valter Caldana

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