Interna Corporis

Vivemos hoje a composição de três graves problemas na formulação e administração (gestão) das políticas de desenvolvimento urbano em nossas cidades.

. O apagão urbanístico de 40 anos, que nos trouxe ao colapso e que nos exige, agora, uma velocidade inumana de transformação.

. A incapacidade do poder público, em espacial a máquina administrativa e seus agentes políticos superarem a visão vertical, especializada e fragmentada da elaboração de planos, programas e projetos. Aí se inclui sua incapacidade de perceber a diferença entre estes três.

. A completa e escancarada ‘corporativização’, disfarçada em especialização, da elaboração das políticas, planos e projetos, como se ainda hoje a cidade fosse feita por segmentos especializados.

Esta dificuldade em reconhecer e incorporar no seio da administração (gestão) o fato de que a cidade não é mais construída cotidianamente por agentes específicos (o setor imobiliário, o de transportes, o de saúde) mas sim por uma amálgama de agentes que possuem, em suas especificidades, interesses difusos e por vezes conflitantes faz com que praticamente todas as políticas públicas sejam ou frágeis e de curto e curtíssimo prazo de eficiência, ou sejam corporativas, tendenciosas e incompletas, não chegando nem perto de obter os resultados pretendidos.

Muitas vezes, inclusive, se materializando na forma de solenes e eficazes tiros no pé.Inter

Que nesta confusão não se acerte a cabeça, por Tutatis.

Valter Caldana

This entry was posted in cotidiano. Bookmark the permalink.

Deixe uma resposta