Fortes emoções

Ontem em aula estávamos discutindo a evolução do conceito de subdesenvolvimento nos últimos 50 anos. Terceiro-mundo, não alinhados, desequipados, em desenvolvimento, emergentes…

Mesmo diante de tantas definições, uma coisa que não se pode deixar de notar, no entanto, é que em qualquer delas estava claro que ao conceito de desenvolvido e subdesenvolvido sempre esteve ligada a superação, ou não, de deficiências elementares da vida em sociedade, em especial da vida urbana.

E, dizia eu, uma importante característica a ser observada hoje é o quanto os países centrais, EUA e Europa Ocidental, involuíram neste quadro desde o apogeu do welfare state no pós-guerra até hoje, com o instigante recrudescimento de deficiências graves em questões básicas como habitação e saúde, provocando a necessidade urgente de uma nova definição de subdesenvolvimento. E de desenvolvimento, claro.

Começa a ficar patente o nivelamento por baixo da qualidade de vida no ocidente. A poupança mundial, sempre tão bem capturada por poucos, aparentemente não é mais capaz de dar conta da manutenção do status quo a que nos habituamos servir no século XX.

Este século XXI promete fortes emoções…

Valter Caldana

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