Digamos que sim, que seja no minério que determina o interesse internacional pela Amazônia, como disse o presidente Bolsonaro por estes dias.
Creio, até, que se poderia dizer que não é apenas o minério… da água doce à biodiversidade, na Amazônia tudo o que existe no solo, sob e sobre significa riqueza incomensurável e, portanto, interessa e muito a muita gente!
Por isso, a questão que se coloca não é esta, prenhe de obviedade, como sempre. A questão que coloca é: onde está o projeto nacional de exploração sustentável da Amazônia, baseado em princípios de soberania e elevação da qualidade de vida para toda a população, a começar da população local, para debatermos e apoiarmos?
Vai ser feito pela Vale privatizada, pela estatal da Noruega ou pela American Steel?
O fato é que enquanto perdurar esta incapacidade de nossa sociedade entender qual a diferença entre o interesse público e o interesse privado que culmina, como diz Delfim Neto, na incapacidade de “transcender a vulgata do liberalismo panfletário“, continuaremos no corredor da morte.
Valter Caldana