Como temos insistido, HIS é Habitação de Interesse da Sociedade.
Enquanto a sociedade não introjetar e os formuladores das políticas públicas não assumirem que políticas e programas habitacionais não são instrumentos promotores de distribuição de casa para quem não tem e eliminarem toda a carga de preconceito e má vontade que daí advém, estaremos a cada dia que passa mais afogados nesta tragédia. Todos nós. Inclusive os que moram bem, da porta pra dentro.
E mais. Que fique claro. Não se trata de colocar equipamentos “sociais” dentro de favelas. Se trata de assumir e materializar sua cidadania, eliminando exatamente o ‘dentro da favela’. Este deve ser o ponto de partida e o ponto de chegada das políticas, dos programas e dos projetos.
Até lá, tudo continuará sempre se derretendo, se desmanchando no ar. E continuaremos alimentando a falsa dicotomia entre qualidade e quantidade.
Valter Caldana