2020

Eu estava cometendo um grande erro, mas percebi a tempo de me corrigir.

Eu nunca fui fã de festas que proponham alegria com hora marcada. Não sou fã do carnaval, e não sou fã de festas de final de ano.

Para piorar a situação, em mais de meio século eu nunca estive tão decepcionado e entristecido com relação à situação geral do Brasil e do mundo em que vivemos e tão pessimista com relação às perspectivas de melhoras nos curto e curtíssimo prazos (tipo ano que vem…).

Não acho que o próximo ano será melhor. Ao contrário, acho que será pior que este. Por isso havia decidido, infantilmente, não participar destas correntes de troca de mensagens algo excessivas de final de ano. Seria hipocrisia, pensei eu.

Porém, refletindo um bocado sobre a questão acho que um certo espírito Scrooge, só que de final de ano, me tocou.

Percebi que a mensagem de final de ano não tem nada a ver com o que eu penso ou acho pois isso, como sempre, pouco importa na ordem geral das coisas mas, sim, com o que eu desejo.

E, o que eu desejo é, de fato, que o próximo ano seja muito melhor para todos, que os valores e sentimentos mais sensíveis e sensatos de nossa civilização cristã ocidental voltem a ter lugar e a fazer sentido na vida e nas práticas cotidianas de todas as pessoas.

Misericórdia acima de tudo. Alteridade…
Fraternidade, solidariedade, senso de justiça.
E a eterna busca pela Igualdade e pela Liberdade.

Que venha o novo ano e nele possamos estar todos juntos, irmanados neste desejo, independente do que achamos que vá acontecer.

Que se abram as portas das cidades!!

E, para terminar sorrindo, convido amigas e amigos a cantarolar juntos…

vinte e vinte vem aí, lá lá, lá lá lá lá.
vinte e vinte vem aí, lá lá, lá lá lá lá…

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