Não se confunda.
O saudável e criativo uso de apoio tecnológico no processo de ensino-aprendizagem não é EAD. Não discuta um como se fosse a outra, e vice versa.
Isto que seu filho está vivenciando é um enorme esforço de escolas e professores, e dos estudantes, para manter, com o uso de toda tecnologia disponível e acessível, as qualidades do ensino presencial. Está-se usando intensamente todas as ferramentas de apoio, que de resto em muitos casos já eram usadas. E se não eram, deveriam ser. E vai aí um puxão de orelha em quem não usava.
Porém, não perca de vista que a questão central na discussão do EAD é o “inveisdê”, ou seja, é a substituição das relações diretas, simbólicas e sensíveis de troca que se estabelecem no processo de ensino-aprendizagem por uma alimentação ao estudante de conteúdos limitados e unidirecionais de uma forma também unidirecional e limitada..
Num país pobre, enorme e carente de formação e treinamento em todas as áreas e todos os niveis, o EAD merece seu espaço, tem função estratégica e deve ser usado. Tem a importância que tiveram, em outros tempos, os cursos por correspondência.
Mas, insisto, não se deixe levar pelo “inveisdê”…
EAD é coisa séria.
Só que é outra coisa.
Valter Caldana