A quem serve o CAU.

Provocação da amiga Ana Howard sobre o CAU

Ana, te dando toda razão e passando recibo da sua provocação ;) (ainda que eu não seja a pessoa mais qualificada para falar sobre o assunto): todos somos necessariamente comprometidos com o CAU.
Em São Paulo, infelizmente, o CAU nasceu e sofreu com uma manobra eleitoral que propiciou uma gestão que o manteve muito próximo – formal e conceitualmente – da estrutura do CREA.
Mesma estrutura, mesma linguagem, mesmo modelo de atuação…
Acaba de ser eleita uma chapa de oposição, que apoiei, e que espero sinceramente, consiga mudar o rumo das coisas e fazer fiscalização da atuação dos profissionais e do poder público em defesa da sociedade, focando os grandes temas – desenvolvimento urbano, meio ambiente, mobilidade, infra-estrutura, qualidade de vida – e não incomodando as pessoas a partir de interesses corporativos.
É preciso lembrar (inclusive a mim mesmo): não pagamos o CAU para cuidar dos nossos interesses. O CAU existe para cuidar dos interesses da sociedade no nosso campo de atuação.
Espero que ele use este dinheiro (que não é pouco!) e este poder legal – inclusive o poder de fiscalização – cada vez mais, para atuar como uma espécie de ministério público da arquitetura e urbanismo.

Valter Caldana

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