Se a pergunta fosse “a nova Lei de zoneamento é boa?”, a resposta seria: não.
Mas a pergunta foi “ela traz avanços?” a resposta é sim.
É a Lei necessária? Não, é a Lei possível.
Tímida, é a Lei que a cidade estava preparada para elaborar.
Avanços intoleráveis para alguns, retrocessos imperdoáveis para outros, o resumo da ópera é que deixa um sentimento de oportunidade perdida, como já escrevi em outros textos, mas traz a seu favor ter sido um processo participativo que deixou clara a mediocridade de nossos debates e dos instrumentos de planejamento.
Seja como for, preparou o terreno de modo importante para os próximos passos. Por isso houve avanços e estes devem ser reconhecidos e aproveitados.
Sobretudo na pressão que se deve fazer imediatamente pela início da elaboração dos Planos de Bairro que, insisto, deveriam se chamar de projetos locais. São eles que vão trazer a Lei, o debate e a ação econômica, política e social para a escala humana, para o chão da cidade, para construírmos a qualidade de vida que queremos e podemos ter.
Valter Caldana