Hoje, de certo modo, se encerrou um ciclo nas minhas inquietações sobre o por que de uma leitura desproporcional e eivada de ódio com relação ao envolvimento de Lula e seu partido em centenários e multi difusos esquemas de corrupção no Basil, dos quais participam, para minha infelicidade e vergonha, líderes até muito mais próximos de minha formação política…
A explicação me veio “simples”, num comentário de um post de um conhecido sobre o mesmo tema. Lula não pode ser comparado a Aécio, Serra, Temer, Jucá, Sarney, Renan et caterva por que enquanto estes são corruptos, “Lula é o mal em si”.
Como não me pareceu o autor do comentário-definição pertencer a uma destas seitas que abundam nas madrugadas da TV vendendo a prosperidade e uma visão maniqueísta do mundo, ao contrário deve ser um sujeito com um perfil muito parecido com o meu ou o de quase todos aqui, com suas convicções e sua fé, fiquei ainda mais preocupado e infeliz.
E saio de casa pensando…
O mal em si… Por onde andam os arquétipos (e os arcanjos) de nossa sociedade? No que eles resultarão? Que outras ações pessoas que julgam ter encontrado “o mal em si” são capazes de cometer além de bater panelas? Desta vez me deu medo…
Valter Caldana