Quanto custa uma (r)evolução?

Quando reclamo que somos administrados acelerando para frente mas olhando o retrovisor (a piadinha é fácil mas a reclamação não é apenas com relação a esta gestão…) é mais ou menos assim.

São Paulo deve ter uns 10.000 arquitetos fora os milhares de estudantes. Acrescente aí engenheiros e estudantes das várias engenharias. Mais geólogos, mais geógrafos, mais biólogos… Um contingente que deve ultrapassar 100.000 pessoas.

Vou fazer uma conta rápida.

A prefeitura vai gastar mais ou menos R$ 4.000.000.000,00 quatro bilhões de reais neste ano da graça de 2018 com o subsídio ao transporte de ônibus na capital.

Se, como sugerimos tempos atrás, a prefeitura ousasse organizar 1.000 mil pequenos concursos de projetos de intervenção urbana, nos moldes do que o Instituto Cidade em Movimento organizou ano passado no Jardim Ângela (e doou a metodologia participativa e o resultado para a prefeitura), com projetos limitados a intervenções de até R$350.000,00 trezentos e cinquenta mil reais (valor que possibilita intervenções transformadoras de grande significado e qualidade) o que teríamos?

Teríamos a participação de umas 10.000 daquelas 100.000 pessoas citadas lá em cima mais um contingente muito maior de cidadãos envolvidos com o processo todo que com a bagatela de R$350.000.000,00 trezentos e cinquenta milhões de reais, menos de 10% do subsídio (necessário) aos ônibus, em 18 meses fariam uma fantástica transformação urbana na cidade. E, ainda, tenho certeza, plantariam alguns milhares de árvores no caminho…

O nome disso poderia até ser uma revolução? Não sei. Mas poderia ser simples: placemaking, acupuntura urbana, micro desenho da cidade, zeladoria com projeto… pouco importa. O que importa é que

Ooops… Acho que errei o pote de açúcar esta manhã… risos.

Valter Caldana

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