Vender, negociar ou queimar?

Quando me coloco ‘reticente’ quanto à forma como está sendo feita a venda de próprios municipais, em especial terrenos de médio e grande porte de grande valor estratégico, sempre lembro que a prefeitura deve ter um banco de ativos reais – terras e imóveis – e deve ter agilidade para deles dispor.

Uma das fontes de áreas que poderiam compor este estoque, sempre digo, são os mega devedores de IPTU. Há legislação de sobra para trazê-los ao patrimônio ou à guarda do poder público e/ou colocá-los para girar.

A Folha traz hoje matéria sobre o assunto. (leia aqui) Ela mostra com clareza como a política de venda de terrenos da prefeitura pode e deve ser revista urgentemente, antes que o arrependimento e a irreversibilidade se tornem dolorosas demais. Há muita terra de qualidade disponível na cidade.

Ou se assume e se organiza o tema com uma visão sistêmica e com projeto de curto, médio e longo prazo e com critérios claros e objetivos públicos ou o que se tem é um mercado de bacias, repletas de almas.

De outra forma, a quantos Anhembis, Interlagos e Regionais Pinheiros equivale esta lista?

Valter Caldana

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