Muitos têm dito, e eu concordo, que esta eleição terá um quê de 1989. Fim de linha, fim de modelo, fim de geração, fim de ambições pessoais de alguns políticos profissionais.
E tudo indica que o Brasil elegerá este ano, como fez então, um ‘outsider’, uma figura inventada, um sujeito que venderá falsas ilusões numa tentativa desesperada, inventada por alguns, de manter o status quo.
Assim como, tudo indica, por ‘outsider’ que será, este sujeito se inebriará pelo poder e, como em 1990, este eleito traíra não apenas seus eleitores mas sobretudo seus inventores.
De certo modo isto já aconteceu Brasil afora nas últimas municipais.
No entanto, diversamente do que ocorreu em 1989, estamos nos aproximando perigosamente de uma situação em que todos os que se apresentam como candidato claramente não merecem sê-lo.
E, me parece, esta é a gravidade da situação.


