memorial

Acabo de ler que agora a idéia é que não se deve recuperar o Simon Bolívar por que, afinal, a acústica do lugar é ruim e as obras do Oscar são frias no inverno e quentes no verão. Além disso o memorial é feio.

Pergunto, sendo feio o memorial, bonito é o prédio da Uninove que fica em frente e muda de cor à noite?

Mas enfim,… Até o grande Nelson Ayres resolveu aderir a este coro…

Se o maestro busca uma sala adequada nós, paulistanos, feliz e orgulhosamente temos uma, a Sala …. São Paulo!

Mas vamos lá…

Pimeiro, o auditório não é uma sala de concerto ou uma sala construída especificamente para apresentações musicais… é uma sala de múltiplas apresentações. Congressos, seminários, manifestações como a conferência das cidades e até o Congresso de Arquitetos do Cau, passando por formaturas e outras coisas. É verdade que não tenho notícias de casamentos…

Segundo, se obrigam grandes conjuntos e/ou orquestras a fazer do auditório seu local de ensaio, como a brilhante jazzsinfônica – é por pura incompetência de quem gere a cultura no país – aliás, os mesmos que não fizeram a manutenção dos sistemas de segurança do auditório e – quem sabe – de outros tantos equipamentos culturais por aí afora…

Terceiro, problemas acústicos se resolvem com projetos de acústica, e não delapidando o patrimônio cultural construído…

Quarto, falar mal da obra do Oscar a esta altura da vida é como reclamar que entrar numa ferrari é ruim por que é muito baixo e é difícil de entrar e sair do carro. E, neste caso – o da maior parte da obra do Oscar – esta ferrari é de uso público.

Quinto, é impressionante como temos sido obrigados a conviver com questões como não recuperar o auditório, cercar o masp, esculhambar a lei cidade limpa, tirar pobres de praia em santa catarina, refazer um plano diretor de novo baseado numa linguagem hermética desenvolvida por alquimistas urbanos (eu inclusive?) e deixando de lado as questões simples e que empolgam a população, cercamento da câmara municipal (isto é uma lista de apenas 15 dias….) enquanto continuamos passando por pessoas semi-vivas largadas pelas calçadas de nossa(s) cidade(s), e continuamos esuqecendo de exigir dos dirigentes do país ensino básico e fundamental em tempo integral já!

E, por fim, pois já ficou chata esta conversa, não recuperar o auditório á mais ou menos como achar que é melhor terminar de derrubar o coliseu por que afinal aquela porcaria está em ruínas e, inclusive, tem uma curva de visibilidade totalmente equivocada…

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