Outro dia me referi a uma preocupação com o fato da licitação de ônibus estar sendo questionada e discutida por motivos de menor importância.
Esclarecendo.
A composição e definição de linhas numa licitação com duração de quase meio século deveria ser a menor preocupação…
Neste caso, por exemplo, a real preocupação deveria ser a duração da concessão e quais os mecanismos de flexibilidade e real influência e definição que os interesses públicos terão na definição destas linhas ao longo do tempo.
A intermodalidade, o encurtamento de linhas e o aumento da necessidade de baldeações, por exemplo, deveria estar sendo questionado no sentido de saber por que os terminais serão objeto de licitação separada, e por que serão também privatizados… e onde se situarão? Por que baldeação deve ser feita em terminais gigantescos? Por que levar tanta ‘carga viva’ para tão poucos e específicos espaços que tenderão sempre ao colapso?
E as regras tarifárias? E os limites para o repasse e o subsídio? E o grau de risco do concessionário? Cadê a discussão?
Deixem a tabela de linhas em paz, vamos ao que interessa!
Enfim… pouco se ajuda a sociedade a ir direto ao ponto. É mais conveniente que ela discuta a camada de chantilly do que o sabor do bolo.
Valter Caldana