Debate pré eleitoral

Os que defendem a privatização plena de todos os serviços públicos (as parciais também) têm um modelo? Se sim, qual é?

A ideia é continuar vendendo as operações para grandes, enormes ou gigantescos grupos econômicos e conglomerados de interesses corporativos nacionais e internacionais ou admite-se a possibilidade de pulverizar as ações em bolsa de valores com vendas cíclicas e sucessivas e com lotes máximos de adquirência por turno?

Por outro lado, admite-se a privatização do atendimento ao déficit de serviços, desde que os investimentos para tanto sejam feitos com o risco e o capital do adquirente do direito de explorar o tal déficit ou o modelo continuará a ser o de sanear a operação com dinheiro do tesouro (nosso) e depois vendê-la operante e com mercado praticamente exclusivo aceitando moedas podres como pagamento ou financiando com mais dinheiro público (BNDES) o comprador?

Exemplificando… admite-se, por exemplo, uma concorrência internacional para que empresas construam com recursos (ou créditos ou capital de risco) próprios as linhas de metrô que faltam ou vale o modelo atual em que o Estado constrói, assume o custo e o ônus da obra e “privatiza” a operação?

Sou um eleitor que sempre diz que o problema não está em privatizar mas em como , por que, para que e para quem a privatização é feita.

Vai dar tempo de discutir isso, se tiver eleição?

Valter Caldana

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