Constituinte já, sim!

Concordo que é um momento delicado para se falar em fazer uma nova Constituição.

Mas, por outro lado, o que fazer num país que chegou ao ponto de se dar o direito de duvidar da lisura de uma decisão do seu Supremo Tribunal?

A que forças recorrer? De onde poderá emergir legitimidade para restaurar o equilíbrio entre poderes e a estrutura de governança do país e da nação?

Continuo achando que só há uma fonte acima de todas as outras instituições: o voto, universal, direto e secreto.

Ah, mas vivemos um momento mega conservador…

Concordo. Mas o que o congresso do momento histórico mega conservador está fazendo com a Carta Cidadã? E, pior, sem mandato específico ou ético para isso?

Na base do é legal, é constitucional estão a um passo de restaurar as bases da relação capital x trabalho escravagista!!! Trocar trabalho por pouso e comida no campo…

Melhor uma Constituinte conservadora eleita para este fim específico que uma maioria de ocasião fruto de um sistema vi$$iado, sem legitimidade, anulando as estruturas constitucionais do país.

Turma, os caras estão votando que urubu é pavão!!!

Insisto, chama o povo! Ao menos uma assembleia eleita para este fim, de preferência com as salvaguardas já colocadas anteriormente, terá legitimidade.

E, com a força do voto popular renovado, numa eleição ainda que minimamente menos comprometida moral e eticamente, poderemos garantir coisas fundamentais da atual Constituição e atacar seus equívocos.

Além do que, não dá para não querer ter jogo por temer que o adversário possa vencer. Vamos criar as alianças que sabemos ser possíveis.

Que se purguem estes traidores do psdb, do pt e dos partidos satélites tipo pdt, psb, pv e pps e se eleja o que eles ainda têm de idealistas… Que se possa ter candidaturas sem partido, que se possa ter voto nacional e não estadual, que se possa um monte de coisa…

Pois fica a pergunta: qual seria outra saída legítima para a crise? Continuar os remendos da constituição por este congresso que aí está, eleito como foi, ou mesmo pelo que virá, eleito como será?

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