Você tem fome de quê? Do quê?

ou como a incapacidade de mirar o alvo trai um país

A direita, a esquerda e os militares, nos últimos 70 (setenta!!!) anos prometeram, cada uma a seu turno mas em uníssono, acabar com a corrupção no Brasil, porém dela fizeram o seu meio de vida, de sustentação em seus espasmódicos períodos no poder.

Do mar de lama no Catete às malas do Gedel, do rouba mas faz do Ademar ao petrolão mudaram os métodos mas não mudaram as práticas.

Por isso me comove assistir e viver a mais um retrocesso político baseado neste discurso, o discurso da eliminação da corrupção. Hoje a cara de pau é tanta que sequer se preocupam mais em falar em combatê-la, falam logo em acabar com ela!

Será possível que ainda não ficou claro para pessoas que têm ao menos 40 ou 50 destes 70 anos que não serão os governos que vão acabar com a corrupção no Brasil?

Quando vai ficar claro que a única chance de levarmos a corrupção a níveis toleráveis e não tóxicos, em que você a detecta rapidamente e pune severamente sem qualquer transtorno ou trauma para o cotidiano da sociedade é uma mudança de postura da própria sociedade? A começar da mudança desta postura de crer que um ser vai, individualmente, ser capaz de combater, extirpar, eliminar este câncer das nossas vidas?

Por isso creio que neste finzinho de eleição para o executivo, sobretudo considerando que a eleição do legislativo já acabou e basta ir lá olhar a bancada que está eleita, é imprescindível escolher o candidato a partir de seu posicionamento programático e suas propostas de curto e médio prazo para questões que sejam estruturadoras de nossa organização social tais como educação, educação, educação, reformas, outros aspectos econômicos, ambientais, científicos, relações internacionais, saúde, educação, segurança e educação. Educação básica sobretudo, escola em tempo integral para todas as crianças do Brasil até os 15 anos de idade pelo menos até 2021.

Portanto peço que você escolha seu candidato, não vote em branco, não anule, não pague 3,90 (você e seu futuro valem mais que isso e o meu, que vale infinitamente mais que isso, infelizmente, está atrelado ao seu).

E peço que ao escolher seu candidato lembre-se que há dois e que eles acreditam em coisas diametralmente opostas e têm carreiras e práticas políticas coerentes com isso.

Se você, como eu, não colocou nenhum dos dois ali, ainda mais importante que sua escolha seja pelo candidato que prega o que esteja mais próximo do que você acredita como ética, como comportamento, como valores para você, sua família e, se der, para mim também.

Obrigado.

Valter Caldana

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