Preservar e tombar

ou como coisas tão diferentes podem ser igualadas

Quase sempre o que interessa é direção e sentido, por que são estruturais. Aceleração e velocidade são conjunturais e, como sabemos, quase sempre coisa de amador…

Tombar um patrimônio não significa preservá-lo. Estamos, em todo lugar, repletos de exemplos disto. Em São Paulo, então, nem se fale. Tombar é um ato técnico político administrativo fundamental para que se possa mais facilmente preservar o patrimônio (histórico e cultural, material e imaterial) mas não um certificado de garantia. E há os que lutam desesperadamente para preservar o patrimônio, seja ele tombado ou não, e encontram toda sorte de resistência e obstáculos.

Está mais do que na hora da sociedade entender que preservar seu Patrimônio é mais do que uma especialidade, é uma Política Pública e, como tal, uma responsabilidade e um custo coletivo. Assim como medicina (especialidade) e saúde (política pública), por exemplo. Ou advocacia (especialidade) e Justiça (política pública).

Uma sociedade madura saberá criar as condições de preservar mais e melhor o seu patrimônio, fazendo-o, inclusive, caminhar no sentido de seu auto financiamento. Por isso é boa a notícia de que a prefeitura estuda isentar de IPTU imóveis tombados, parabéns aos envolvidos.

Vamos agora caminhar no sentido de ampliar os tipos de tombamento e falar de financiamentos? 

Valter Caldana

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