ou como tanta gente paga sem saber que está pagando
Tarifa dos transportes públicos, em especial dos ônibus urbanos.
Este assunto é mais amplo e complexo do que parece e, para ser franco, estou um pouco cansado de ver questões conjunturais serem tratadas e valorizadas como se fossem estruturais.
No caso da tarifa, o que se discute realmente não é o seu valor, mas o nível e a quantidade do subsídio. E isto não é explicado com clareza para a sociedade.
Como não é explicado com clareza o custo real do sistema nem tampouco suas formas e meios de financiamento.
Muito menos é explicado por que dez anos quase para uma licitação terminar e por que só as mesmas empresas participaram.
Por isso tem este monte de ‘carrodependentes’ achando que a tarifa é problema dos outros, e mais um monte achando que é problema de pobre. Não sabem, pobres tolos, que é tão problema deles quanto daqueles.
Por outro lado, dizer que a prefeitura está numa situação de caixa confortável para não aplicar o aumento é um simplista em excesso e totalmente conjuntural.
Não aplica agora para aplicar um maior depois, ‘belaroba‘. Impacto maior, desarranjo maior.
Ou a sociedade e Conselho Municipal de Transportes assumem seu papel integralmente, ou vai serão sempre validadores de fatos consumados de uma política pública perversamente mal elaborada, seja aceitando-os, seja esperneando.
Valter Caldana