Pérola aos porcos

ou as agruras de ter
que conviver
com a burrice digital

Vida terceiromundista que segue…

Aí você tem um plano de saúde que custa os óio da cara, cheio dos triques e fricotes, que insiste para você usar o aplicativo, que manda tudo via e-mail, que envia um ‘token’ para te autorizar a fazer o exame, aí você chama um laboratório bacanérrimo, todo sofisticado, que te manda 1.725 e-mails antes, durante e depois do exame.

Aí você faz uma preparação que demora dias…
Nada dolorido, mas incômodo, inconveniente…

E, na hora, o exame não é feito por que eu não estou de posse da requisição original e assinada, em papel, preto no branco, nota sobre nota, do médico…

É inacreditável. Argumento que posso enviar por e-mail, que está aqui no telefone, que tenho o token e tudo o mais… que aquilo é o fim da picada…

Nada! Sem papel não tem picada. Não, não era o fim da picada… não teve picada!!!

Aí você pega o telefone, abre o aplicativo e busca o fale conosco para mandar uma mensagem reclamando do nos sense e da bizarrice e fazendo a sugestão de que alterem o procedimento…

Ahá!!! Depois de muito procurar um fale conosco no aplicativo o que eu encontro? Óbvio!!!! Um número de telefone!!!! É, destes que você tem que discar, provavelmente… risos

Ligo… só de eu ligar o aparelho já sabe que sou eu, sabe onde moro, nome completo, onde trabalho, que doenças eu tenho… mas, eu continuo precisando da requisição do médico em papel…

Ouço 932 opçoes e chuto uma para falar com alguém.
Me atende uma moça gentilíssima. Explico tudo, faço ver o que se passa, o absurdo da situação, etc e tal… aí pergunto se ela pode anotar. E ela, cândida, responde: já anotei.

aiai…

e a maioria querendo acabar com o SUS…
vão indo, vão indo que eu não vou.

Valter Caldana

___________
PS.- Ah, sim, claro, por óbvio o erro foi meu pois certamente eu fui avisado que todo o aparato eletrônico-digital-informático do algorítimo que deve ter custado milhões pára, fica imóvel e inamovível diante da falta da requisição original assinada (!!!) pelo médico.
This entry was posted in cotidiano. Bookmark the permalink.

Deixe uma resposta