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ou de como um instrumento
vira um… instrumento

Sou um defensor das PPPs desde os tempos da faculdade. Em especial para a produção de habitação. Em outros tempos até “apanhei” um bocado por causa disso.

Não me canso de lembrar a todos que a São Paulo que amamos foi em boa parte construída na primeira metade do século passado pelo pequeno capital poupado por uma classe media urbana nascente, sendo esta, talvez, uma das primeiras e mais eficientes parcerias público privado de que temos notícia.

Foi a parceria do pequeno capital privado pulverizado pela cidade e as incipientes porém eficazes políticas públicas e seus marcos regulatórios municipais, na sua presença ou ausência, que nos trouxe até aqui. Ou pelo menos nos trouxe até a década de 1980, quando começou o nosso apagão urbanístico.

Enfim, acredito que uma PPP é feita pela junção de interesses do poder público, que prioriza o espírito e os interesses públicos, com os interesses da iniciativa privada, que prioriza seu espírito e os seus interesses privados.

É na combinação e na construção do equilíbrio desta relação que reside a riqueza do instrumento.

No Brasil e particularmente em São Paulo, estado e capital, o que temos visto, no entanto, é um novo tipo de PPP.

É aquela em que a iniciativa privada pensa e age enquanto tal, enquanto iniciativa privada e o poder público… também!

Também pensa e age como iniciativa privada, com os mesmo parâmetros, os mesmos critérios e os mesmo objetivos.

Ou seja, criamos a nova PPP, a Parceria Privado Privado.

Valter Caldana

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