SUS to, SUS pense, SUS tento, SUS piro

ou a infinta capacidade de
não enxergar o que se vê sim.

Governo libera parcela emergencial de R$10.000.000.000,00 ou Us$ 2.000.000.000,00 ou dois bilhões de dólares (que poderia ser no mínimo 50% maior, ou seja 3.500.000.000,00 três bilhões e quinhentos milhões de dólares, se a política cambial do governo fosse mais responsável, mais patriota e menos leniente e permissiva, além de algo incentivadora do ataque especulativo contra nossa moeda).

O que a sociedade precisa querer entender, pois saber todos sabemos, é que todo o sistema de saúde é público.

Sim! Todo o sistema de saúde é público, criado, financiado e sustentado essencialmente por dinheiro público. E, a maior parte, a quase totalidade deste dinheiro é oriundo do orçamento vinculado da saúde (dinheiro carimbado, portanto), levado à sua destinação final via sistema único. Sistema Único de Saúde, SUS para os íntimos, sejam eles os necessitados, sejam os beneficiários, sejam os profissionais, sejam os escroques, sejam os corruptos.

Sim, praticamente todo o dinheiro é público. Como esta parcela de Us$ 2.000.000.000,00 dois bilhões de dólares. O que é privado é só o rapaz do caixa. O gerente.

De modo geral, o sistema é público em tudo o que seja para além da linha de frente e antes da hotelaria. Ali, onde o bicho pega, onde pesquisas caríssimas, equipamentos com preços inimagináveis, tecnologias interplanetárias e profissionais adestradíssimos e com formação de décadas estão presentes, a essência do financiamento e do custeio é pública.

E, o que não é diretamente público, é custeado diretamente pelo cidadão. Escolas de medicina caríssimas, planos de saúde caríssimos, consultas médicas caríssimas, remédios caríssimos…

Enfim, sendo quase irremediavelmente simplista, o sistema é público como acontece ser em tudo quanto é tratamento que seja mais complexo do que “tome duas aspirinas, controle a febre e me ligue se houver mudança do quadro”.

Ou, como diria um mais ‘iniciado’: se a dor for forte e do umbigo para cima, é potencialmente grave. Melhor ir no PS do HC.

Valter Caldana

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