A partida da Carol Pura Energia Triptyque Bueno, jovem e brilhante, é uma pancada muito forte, que abala todos.
Nós, mais velhos, somos agredidos mais uma vez pela lembrança da insignificância e da fragilidade da existência, já tão cantada e decantada pela filosofia, retratada nas artes… Além de despertar aquele sentimento difícil de lidar de impotência diante do definitivo.
Mas, quero aqui lembrar o peso e a força desta perda sobretudo para os mais jovens, menos calejados, pouco ou nada habituados à dor da perda real e definitiva.
Carol é exemplo e motivação de forte presença entre os estudantes de arquitetura há anos, seja pela produção, pela questão de gênero, etária, seja por qual porta se pretenda olhar.
É notória a sua presença, e de seu escritório, no imaginário destes jovens. É a materialização do “é possível”, do “estamos lá”, do “é logo ali”.
Espero fortemente que sua partida seja também uma lição marcante e que a dor da sua perda seja aplacada pela força de sua obra e ofuscada pela luz da sua presença. Não somente, mas sobretudo nas jovens trajetórias de jovens profissionais e estudantes que a tem na mais alta conta.
Parabéns Carol!
Valter Caldana