FAJUTO

Empresa que explora o serviço público de mobilidade e transporte paga advogados para mototaxistas enfrentarem normas da prefeitura de São Paulo. Num capitalismo saudável, portanto não predatório e acumulador, a empresa deveria propor um modelo de negócio de qualidade e investir em melhorias e capacitação ao invés de investir em artimanhas legais. Vão aqui algumas poucas sugestões: . Treinamento de motociclistas . Treinamento de usuários . Equipamentos de segurança física e sanitária para os passageiros . Restrição de trajetos a áreas especificas da cidade, em especial a última milha, bairros mais distantes dos centros e áreas onde os demais modais tem dificuldade de atendimento. . Controle eletrônico destes trajetos, restringindo-os à assim chamada última milha . Monitoramento eletrônico e online de áreas restritas . Acordos operacionais com os outros modais para inclusão do trajeto final na tarifa única. . Pontos de parada e conforto para motoristas, motociclistas e passageiros . Investimento em veículos especiais, sobretudo triciclos. . Seguros específicos isentando o sistema público de ônus com os acidentes “Ah! Mas isso não está no modelo de negócio. Com tudo isso a operação não dá lucro…” Bom, se para dar lucro o negócio precisa colocar o cidadão em risco, então o negócio não serve!! … Seria o mesm raciocínio permitir às aéreas que façam menos revisões e menos treinamentos para viabilizar o negócio. Só lembrando, o investimento em segurança na aviação que muitos pensam tenha o foco no passageiro, não é. O investimento em segurança é para que os aviões não caiam sobre as cabeças, e as propriedades, bens e patrimônios de quem não está dentro do avião!! Neste caso do mototaxi com garupa andando na cidade, o problema de segurança não é para quem está na garupa. Este poderia ter escolhido não estar la (pensamento liberal). O problema de segurança é para quem não está na moto. Alguém já falou sobre isso com a PM e com a Civil? O que nos falta é sensatez e capitalismo na veia! Este pré capitalismo extrativista e acumulador que nosso liberalismo de Estado nos vende como liberdade empreendedora é bem fajuto.

Valter Caldana

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