Lá está o registro sintético do que é a nossa governança e gestão. Friso que não estou ne referindo a tal ou qual governo, mas a um modo de pensar e de ser.
O que deveria ter sido apenas manutenção no final do século passado (havia dinheiro para fazer) não foi feito.
Aí, século novo, o tempo passa e nada muda e nada é feito. Mas havia dinheiro.
Continuando a saga, o que era manutenção, por não realizada, se torna uma necessária reforma. Primeiro projeto, havia dinheiro.
Não executado, vem então o segundo projeto de reforma. Havia dinheiro, executam meio quarteirão catastrófico. Para a execução. Ainda bem, mas havia dinheiro.
Tempo passando e nada acontecendo, a sociedade desperta para o tema das pessoas com deficiência e exige, corretamente, que sejam incluídas estas necessidades programáticas na discussão e no projeto. Nada acontece.
Chega-se a um ponto, por inação e inanição, mesmo havendo dinheiro, que nem reforma resolve. Há que se fazer um piso novo. E tem dinheiro.
Vinte e cinco anos já se passaram e se faz o projeto do piso novo. Agora com dinheiro até da iniciativa privada. Nada acontece, mas há muito dinheiro.
Por fim, chegamos ao quinto projetos que, aos olhos de quem sobre ele caminha, é um piso de concreto liso e desempenado, mais ou menos liso e mais ou menos desempenado, num tom triste, que encarde rápido e não tem o menor significado simbólico, histórico, estético, ético e que pretende apagar toda esta história, nos nivelando por baixo. Ao custo, claro, de muito dinheiro.
O piso novo foi feito, num pedacinho. Como da outra vez, a prudência e o bom senso sugerem parar tudo rapidinho… de novo! E existe dinheiro.
Bem, o que a foto da 23 de maio, lá na entrada ds ferradura, tem a ver com a novela do piso do centro.
É simples. Olha a qualidade deste piso!!!
E havia dinheiro. Mas também quem quisesse e soubesse fazer.
Valter Caldana
https://www.facebook.com/photo/?fbid=940171774810623&set=a.548271584000646