Havendo controle social e articulação com projetos estratégicos elaborados pelo poder público, este é o caminho das verdadeiras parcerias não apenas público privado, mas cidadãos Estado.
Fico feliz que comece a se materializar esta possibilidade, até agora mal compreendida tanto pela iniciativa privada quanto pelo poder público.
Desde 2010 fazemos esta proposta.
Estive presente no seminário que organizamos com a Câmara dos Vereadores sobre espaços públicos urbanos na nonaBia em 2011 e reforçada na proposta de 2013 na preparação do Plano Diretor de 2014. Na época chamava o projeto de PIU Cidadão (ainda havia a esperança de que os natimortos PIUs vingassem…).
Seria um instrumento que permitiria reproduzir na escala local, em parcerias cidadãs (moradores, síndicos de prédios, lojistas, usuários, instituições) poderiam apresentar e executar este tipo de intervenção. No caso, para instituições e organizações sociais, inclusive com apoio técnico da academia.
Procuramos desenvolver alguns pilotos, fora de época, como na Praça Silvio Romero, na Maria Antônia, na Maria Borba, na Teodoro Sampaio, no Pátio do Colégio e na Ladeira…
A partir daí aprofundamos a teoria da estrutura matricial proposta a partir de 2013, também na CMPU, de elaboração de Planos de Bairro e Projetos Locais a partir do PDE, escapando da armadilha de Planos Setoriais (que temos aos montes) e da grande escala dos Planos Regionais.
Depois veio uma tentativa da ACSP com o IAB-SP, na pandemia, patrocinado pela 99 taxi chamada Ruas Vivas. Uma beleza! Quatro bons projetos para ruas de movimento na cidade. Mas, não saíram do papel. Estavam ainda “adiantados”.
Hoje já há outros acontecendo… rua da motos é um deles e virão outros.
O que importa é que agora até o prefeito parece estar entendendo a importância deste tipo de projeto. O que certamente vai arrastar, trazer, os demais candidato e candidata.
Tudo a seu tempo.
Ainda veremos a hora em que vamos parar de confundir plano e projeto, parar de achar que projeto urbano é um projeto de arquitetura grandão e vamos fazer planos de bairro, projetos locais e PIUs cidadãos.
As águas e as pedras rolam!
Então vamos ter dia de Rock, bebê. E de samba, pagode, axé, funk, rap.
Tudo no chão da cidade, na escala humana!
Valter Caldana
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