Muito se tem falado que a guerra da semana é uma manobra eleitoral para tentar salvar os dois últimos anos do governo Biden, construindo uma coesão que ele perdeu rapidamente, se é que teve em algum momento.
E foi eleito na contra marcha, contra a maré.
Ou seja, a opção conservadora que o partido Democrata adotou foi claramente focada em primeiro ganhar a eleição para depois ver como fica. Ao contrário do que ocorreu na eleição de Obama para derrotar o ‘normal’ Bush II, quando o presidente era mais aberto e o vice mais conservador, para derrotar o ‘anormal’ Trump a opção foi um presidente conservador e uma vice menos. E mulher, o que já vimos bem o que significa nos EUA.
Até aí, nada novo e tudo óbvio.
O que parece um pouco mais novo, com a guerra, é que este processo, o “primeiro ganha a eleição e depois vemos como fica”, que conhecemos bem, está ganhando proporções planetárias.
Este processo é, como sabemos e sentimos na pele, muito perigoso, de alto risco. Mas, pelo visto, lá, como na Europa, como cá, é o que temos para hoje. É o prato do dia.
Aqui, ao menos por enquanto, ele só está nos reservando uma edição esquisita do masterchef, indicando como prato principal ‘buxada de bode com soufflé de XuXu’…
O que dá medo é a sobremesa…
Valter Caldana