O “já ganhou” é uma das técnicas mais comuns utilizadas para desgastar e queimar candidaturas. É o segundo estágio do assim chamado “balão de ensaio” (como o da chapa sapo ao molho de chuchu).
Iniciei, e encerrei, minha vida político partidária numa operação desta natureza. Fulminante.
Num tempo onde os ciclos ainda eram longos, ou ‘normais’, tudo aconteceu muito rápido, em 30 ou 20 dias. Hoje seriam vinte ou trinta horas… cuíca minutos. Lá atrás, começou com uma não tragada de maconha, fez escala num “Deus interior”, passou por uma ‘sentadinha’ e terminou com uma baforada de flit/detefon numa desejada porém combalida cadeira.
Hoje, num mundo de ciclos curtos, e rápidos, 10 meses é uma eternidade.
Num país que silenciou e burocratizou as campanhas eleitorais (com o beneplácito da esquerda, num de seus infindáveis tiros no pé), me espanta que a campanha do ex-presidente se deixe envolver por esta armadilha e flerte com a possibilidade de ser abatida por esta arma tão fartamente conhecida.
Mas, os ciclos são curtos. Tudo pode mudar ainda muitas vezes até outubro. Como diria o “filósofo” Paulo Ricardo, no Brasil se fazem revoluções por minuto.
“Ouvimos qualquer coisa de Brasília
Rumores falam em guerrilha
(…)
Agora a China bebe Coca-Cola
Aqui na esquina cheiram cola”
Valter Caldana