“A falência do modelo econômico e político implantado no país possibilita encontrar explicações para o quadro de crise urbana.
Esta crise não será, então, apenas decorrência de uma crise do planejamento ou do urbanismo enquanto práticas projetuais. Entendida como sendo a crise do próprio Estado, torna-se necessário entender qual o papel, para este Estado, desempenhado pelo planejamento.
Por serem considerados elementos privilegiados no sistema de comunicação e troca existente entre o Estado e a sociedade, planos são elaborados, porém sem concretização.
Com isto, acumula-se a demanda por equipamentos, infra-estrutura e políticas setoriais, crescente desde a aceleração da urbanização por que passou a sociedade brasileira.
A ação do Estado, ainda dominado politicamente por uma aristocracia rural, num modelo político marcado pelo clientelismo e o coronelismo, se defronta com uma nova realidade.”
in Planejamento urbano: uma reflexão sobre seus processos de elaboração.
Dissertação de mestrado | FAUUSP | Orientador Joaquim Guedes
Escrevi isso em 1994… eu hein! Tô velho!!
Valter Caldana