“Enfim, sinteticamente, é possível dizer que na década de 80 o planejamento trata de encontrar novas práticas, mas, acima de tudo, um novo cliente.
E é dentre os novos mecanismos de legitimação dos procedimentos projetuais que se encontram, por exemplo, a instalação de dispositivos de consulta à sociedade. Criam-se Conselhos e Comissões, quer para a discussão do uso do solo, da proteção à paisagem ou até mesmo para a formulação de políticas de desenvolvimento.
É importante ressaltar que a institucionalização destes mecanismos de consulta, no decorrer dos anos Oitenta, é acompanhada da institucionalização da participação da iniciativa privada na gestão das políticas públicas, com o Estado encontrando como saída para sua crise a transferência de responsabilidades para o chamado setor privado.”
in Planejamento urbano: uma reflexão sobre seus processos de elaboração.
Dissertação de mestrado | FAUUSP | Orientador Joaquim Guedes | 1994
Valter Caldana