A Folha publicou hoje um artigo da chefe de sua sucursal no Rio, a jornalista Paula Cesarino Costa, falando da Perimentral e do Minhocão [leia aqui], sobre o qual ouso fazer algumas respeitosas considerações.
O artigo é ótimo e tão importante quanto aqueles que indicam não haver a menor possibilidade de comparação entre o nosso minhocão e o high line.
Porém, mais uma vez… não é esta a questão!
Não se trata de comparações, imitações, cópias ou inspirações. Se trata de observação, análise, estudo e objetividade na construção de soluções reais e duradouras para a construção da qualidade de vida na Cidade de São Paulo! Chega de paliativos e placebos.
A manutenção de nosso Minhocão de pé é desastrosa para o futuro da cidade qualquer que seja o seu uso, uma vez que sua influência perversa e perniciosa, destruidora e impeditiva de qualquer nova ação de resgate da cidadania e da qualidade de vida é sua PRESENÇA e não o seu USO.
O desmonte do Minhocão (trecho elevado Pde. Péricles/Roosevelt) é fundamental para melhorar a cidade e a qualidade de vida do cidadão como um todo e não apenas sua área de influência imediata.
E tudo o que se sonha fazer em cima será melhor feito e apropriado por todos se ocorrer no chão, obviamente. Basta ver o corredor cultural e de vida urbana de altíssima qualidade, frequência e uso já existente entre o Mercado da Lapa e o Martinelli / Roosevelt-Des Oiseaux que a presença do minhocão, com carros ou sem carros, nos impede de articular e usufruir.
É fácil antever esta cidade, ela já existe. E todos sairão ganhando quando ela estiver articulada, bem tratada e explícita aos olhos de todos os cidadãos e não apenas dos iniciados.
É desta cidade que estamos falando, da cidade real, da cidade paulistana, da cidade de todos.
[leia aqui outros posts sobre o Minhocão]
Valter Caldana