Abaixo o minhocão, vamos fazer o parque da cidade

Caro Eng. Athos, inicialmente quero agradecer profundamente sua provocação pois, vinda de uma pessoa que tem feito um trabalho tão intenso, importante e admirável de mobilização da sociedade em busca de soluções concretas para a melhoria da qualidade de vida da cidade, a minha responsabilidade na resposta aumenta significativamente. Por isso a demora. Como se diz popularmente, fui para casa pensar antes de responder.
Vou tentar comentar ponto a ponto e me desculpo se ficou longo, mas as letras não são minha especialidade.

Agradeço seus pontos de vista. Mas tem alguns detalhes que apreciaria comentarios adicionais seus, Caldana : 1) Temos dezenas de milhares de cidadão que se apropriaram do Minhocão como área de lazer aos domingos e no horario noturno . Voce dá a entender no seu texto que será melhor para eles o parque no nível da rua. Por que ? Voce conversou com eles para saber a opinião deles usuários do Minhocão ? Voce já caminhou pelo Minhocão aos domingos ou a noite, quando isso se transforma espontaneamente em área de lazer ou quando tem eventos culturais que acontecem por lá às centenas , sem incentivo da prefeitura e são muito frequentados ? Por sinal aproveita e vá neste domingo 25/1 prestigiar o lancamento do livro “Um viaduto chamado Minhocão” do escritor Gil Veloso e com desenhos do seu colega (Arq. e Professor) além de grade artista Paulo Von Poser.

Sobre minhas idas ao minhocão, esclareço que tive a honra de ser um dos grãos de areia que lutou e ajudou no seu fechamento aos domingos e noturno, como militante do movimento estudantil de arquitetura (pelo GFAU) e como diretor o IAB, nos anos 80 (quando, apesar da militância pró fechamento, já defendia a demolição). É o mesmo período do projeto brilhante do Pitanga do Amparo, que surgiu no contexto daquela discussão já acalorada.

No entanto, como sempre, me parece, há nesta sua colocação uma confusão entre o interesse específico e o interesse geral, o interesse difuso, que é um conceito complexo, de fato, mas simples de entender quando se tem boa vontade.

A democracia participativa é diferente da democracia direta, assim como os projetos técnicos participativos são diferentes dos projetos técnicos de gabinete. O minhocão, que você defende a conservação, é um típico projeto técnico de gabinete, como o são, ainda, infelizmente, a maior parte dos projetos urbanos no Brasil.

Exemplo gravíssimo deste tipo de projeto é a recente e equivocada reforma das marginais. Esta área de lazer urbana, de caráter metropolitano a que o Parque Minhocão remete cujas características estão implícitas no seu texto deveria ter sido feita lá (e deverá, acredito nisto como acredito na demolição do minhocão, por simples amor a São Paulo).

Se assim fosse, não falaríamos aqui de alguns poucos kms e alguns milhares de pessoas, mas de dezenas de kms e de centenas de milhares de pessoas, com vegetação nativa e exótica, frutíferas, repovoamento de fauna e flora, equipamentos educacionais, esportivos, culturais… Enfim, obra a ser construída coletivamente, em anos, ultrapassando limites de mandatos e governos e elevando nossa auto-estima e nossa qualidade de vida. Perdemos esta oportunidade, sugiro uma conversa sua com a associação águas claras.

Sabe quanto se gastou naquela obra que não inclui um único cidadão, feita com uma técnica rodoviarista ultrapassada, contemplando um único segmento – seus usuários – e urbanismo zero? Us$ 1,350,000,000.00 (atuais R$ 3.400.000.000,00 ou à época 2 bilhões de reais) diretos e declarados, fora os custos indiretos. E sabe qual era a opinião dos usuários das marginais sobre aquela obra? Necessária. Sabe por que? Por que usam as marginais todos os dias. Sabe no que deu? Vá lá ver, com olhos de cidadão, e pergunte hoje aos usuários o que acham da obra.

Importante deixar claro que projetos participativos se fazem incluindo os conhecimentos coletivos e sem abandonar os conhecimentos técnicos, não é um contra o outro. Por isso, projetos participativos não são projetos feitos para atender a grupos específicos, ou que ouçam apenas um segmento, mesmo que seja o segmento usuário. São projetos resultantes, que contemplam os elementos e necessidades principais de todos os segmentos envolvidos e, sobretudo, do sistema como um todo. Por isso fazer projetos participativos é tão complexo, pois trabalha-se, tecnicamente, com interesses por vezes antagônicos, ainda que legítimos, e busca-se a melhor resultante técnica, que atenda aos interesses difusos e ao sistema como um todo.

É mais ou menos assim: por que defender as margens das represas e dos cursos d’água, a Serra da Cantareira e o patrimônio histórico se eu não uso tudo isso, muito menos ao mesmo tempo?

Por que é importante para a cidade e para todos. Por que fazem parte de um sistema intersolidário e interdependente, que atende a interesses difusos, não específicos. Interesses estes que, muitas vezes, se sobrepõem a interesses específicos ou de grupos, mesmo que simpáticos ou legítimos.

Bom exemplo de projeto técnico participativo recente foi a elaboração do Plano Diretor, que incorporou grande parte do que ambos pensamos sobre a cidade, mas nos legou esta discussão e nos colocou, aparentemente, em campos opostos.

Quanto ao lançamento do livro, farei o possível para ir, ainda que no mesmo horário eu esteja presente na justa homenagem que a PMSP fará a três de meus mestres de vida, dos quais dois foram meus professores (e do PVP também!).

2) Existem 15 cruzamentos semaforizados entre a Rosevelt e o Pe Pericles. As pessoas gostam de caminhar, correr, pedalar, skatear DESPREOCUPADAS, sem parar , e esperar o farol abrir para nao serem atropeladas atravessando a rua. Como se resolve isso ? O BigDig de Boston , resolveu, mas custou a bagatela de 24,4 Bi US ! .

Uma solução como a do Big Dig em São Paulo seria uma insanidade apenas superável pela manutenção do minhocão de pé, você tem toda razão.

No entanto, me pergunto o quanto estas pessoas que você invoca tolerariam, no limite de suas ansiedade e paciência, e em nome da melhoria da qualidade de vida da cidade como um todo, a presença de faróis… Será que se o projeto urbanístico que recuperará toda aquela área para a cidadania e para o cidadão baixar isso para 7 faróis eles topam? Se nos finais de semana baixarmos para três faróis, então podemos derrubar o minhocão?

E se nós mostrarmos para estas pessoas que o número de áreas verdes, em várias escalas, que o minhocão abafa, desarticula e impede o usufruto pleno pelo simples fato dele existir e estar lá, se somadas (só as já existentes) é maior, bem maior, que a área de asfalto do próprio minhocão? Isto fora as áreas que poderão e deverão ser construídas e conquistadas? Será que elas parariam para pensar, em si e na cidade?

Mas aqui vai minha questão mais importante, acho:

E se este parque linear contínuo desejável (e desejado, inclusive por mim) a que você se refere for construído na mesma região, porém com mais área, mais espaço, mais qualidade ambiental, numa avenida com muito maior vocação para isso e que também foi recentemente construída baseada em técnicas rodoviaristas equivocadas e ultrapassadas? Não seria ótimo?

Pois bem, este Parque existe e a avenida é a sequência Mário de Andrade, Auro de Moura Andrade e sua continuação recém aberta até a avenida Pompéia.

Imagine comigo… Uma área larga, começando ali na Amaral Gurgel/General Olímpio da Silveira (só que sob o minhocão), cruzando a Avenida Pacaembu, passando por um Memorial da América Latina sem aquelas gradinhas ridículas e indignas, com suas esplanadas abertas (vamos plantar árvores, mais árvores?), logo depois uma estação intermodal à disposição, para trazer gente da cidade toda, que festa!

Depois, seguindo, ainda temos mais áreas largas e abertas, passamos por um shopping (um bom apelo, se quisermos sensibilizar e trazer para uma vida saudável um outro grupo de paulistanos importantes, os confinados). Vamos em frente, temos a casa das caldeiras, a ser melhor aproveitada pela população e chegamos lá na ponta com a Arena Internacional do nosso glorioso e primeiro Campeão Mundial a Academia Sociedade Esportiva Palmeiras, outro shopping (mais confinados a conquistar!) e culminamos o trajeto, sem nenhuma interrupção, neste verdadeiro monumento a tudo o que desejamos de bom, no SESC Pompéia!

Tudo isso sem farol, pedestrianizado, com VLT (bonde), espaços de eventos, crianças, velhinhos, skaters, artistas… Seria bom? Seria possível? Os usuários do Parque Minhocão também topariam? Você toparia? O Prefeito toparia? Os vereadores topariam?

Mas, vejamos, para facilitar e sermos mais rápidos ainda.

E se isso acontecer do outro lado da linha, na Gustav Willi Borghof, rua semi abandonada e larga, confortável, com várias áreas livres e esplanadas, terrenos vazios, de fácil acesso?

Vamos lutar pelo seu fechamento imediato e sua transformação em parque urbano?

Este parque, na Borghof, nos mesmos moldes do que se propõe para o minhocão, ou seja a ocupação de uma extensa área asfáltica e a instalação de vegetação e mobiliário urbano temporário para que após a ocupação plena se possa ir implantando as estruturas definitivas aos poucos, pode ser feito hoje ao custo da tinta da caneta gasta pela assinatura do Prefeito Haddad acrescido do custo de uma folha de papel a4 impressa com o decreto.

Se a implantação perene de uma área de lazer suspensa e confinada no minhocão tem sido bem aceita por parcela significativa da sociedade e a ideia não é uma inspiração miniatura do high line como você esclarece e tampouco é uma alavanca imobiliária, como acusam alguns de seus detratores (eu não acredito nisso, pois como tal seria ineficiente), então vamos lutar pelo parque urbano central já, e não aos pedaços, aos poucos, como se daria no minhocão.

Assim como disse o artista sobre o minhocão, este parque urbano central está lá, está pronto. E nele será possível PLANTAR árvores, não apenas colocar árvores.

Vamos juntos lutar pela sua conquista, pela sua abertura? Dá para fazer já, não precisa esperar 16 a 20 anos! E ele pode ficar aberto a semana inteira, sem limites e sem contra-argumentações, sequer viárias.

Fica o convite, somamos esforços, criamos o parque central que todos queremos e, de quebra, somamos mais esforços pela demolição do minhocão e pela melhoria da qualidade de vida da cidade inteira!

3) Um parque linear a nivel do chão no meio de carros e onibus parece ser desagradável comparado à opção do Parque Elevado. Retirar os carros e onibus da Sao João, Amaral Gurgel e Olimpio da Silveira seria talvez a sua opção ?

Acho que está respondido na 2.

O parque linear central contínuo, com melhor resultado do que seria um parque confinado sobre o minhocão, está viabilizado em duas propostas, uma imediata e outra um pouquinho, bem pouquinho mais trabalhosa, mas também de facílima implantação.

No entanto, a recuperação da área de cidade destruída pelo Minhocão, que vai das extremidades Martinelli/Anhangabau e Roosevelt/Parque Augusta até o mercado da Lapa, certamente implicaria não apenas na valorização das áreas verdes, espaços de lazer e espaços de uso público e coletivo, mas também na recuperação de seus significados histórico e simbólico, massacrados pelo Minhocão e nunca recuperados pela cidade, que ficou acéfala.

E, certamente, implicaria na implantação de um sistema de transporte público terrestre não poluente de média capacidade e baixa velocidade (VLT) e na priorização do trânsito local, de baixa velocidade. Já tive a oportunidade de falar sobre isso em O Minhocão e o desperdício [leia aqui].

4) Qual o impacto ambiental de aprox. 100.00 m3 de entulho Para onde iris isso e a que custo de desmonte ? Reutilizar as vigas ? Como Eng. Politécnico estou no aguardo de um laudo assinado por engenheiros de firma idônea, juntamente com um laudo do IPT sobre o reaproveitamento tecnicamente seguro e economicamente viável das vigas com 44 anos de idade que seriam retiradas do Minhocão .

Não sou favorável ao discurso do reaproveitamento das vigas como elemento fundamental para justificar a demolição. Elas serem ou não reaproveitadas é um ganho co-lateral do processo. E, concordo, sem verificações técnicas decentes, IPT, Falcão Bauer, é só especulação.

Aliás, bem lembrado por você, seu estado atual de conservação – entre o péssimo e o sofrível, talvez caminhando para o perigoso – coloca em dúvida, até mesmo, a proposição de implantação do parque, que implicaria em sobrecarga estática de terra e água, de comportamento completamente diferente da sobrecarga dinâmica dos veículos em movimento e congestionamentos pontuais. Todos sabemos, ainda, que qualquer estrutura tensa, depois de anos sem manutenção ou com uma manutenção caríssima feita precariamente (vide o MASP) corre o risco de falência ou colapso.

Sobre o entulho, lembremos que este seria infinitamente menor que, por exemplo, qualquer obra do metrô, da já citada marginal ou de qualquer outra obra da escala urbana de que estamos tratando. Assim, mais do que tolerável, não significaria impeditivo algum.

Não obstante, neste caso específico, por se tratar de estrutura exposta, aparente e acima do solo, as novas e eficientes técnicas de aproveitamento de resíduos sólidos da construção civil – RSCC – permitem um reuso de praticamente 100% do resíduo sólido gerado, tendendo a tornar a operação auto-suficiente do ponto de vista custo e consumo energético. Vale lembrar que neste caso, para facilitar mais, o resíduo gerado é limpo e livre de matéria orgânica (terra, vegetação e lixo).

Este tema pode ser pesquisado em uma série de páginas de usinas de reciclagem de entulho e sua transformação em agregado, pavimentação, blocos e outros elementos reciclados da construção civil. E estas usinas, mini usinas na verdade, podem ser instaladas no próprio canteiro, eliminando qualquer problema logístico mais intenso.

5) Nosso artista residente da Av São João Felipe Morozini disse : O Minhocão já é um Parque , faltam as árvores . Qual a sua leitura disso

Acreditaria nisso piamente e estaria na luta pela área de lazer elevada, não fosse o fato de que o Minhocão precisa ser demolido para resolver problemas mais amplos da cidade de São Paulo, muito mais amplos do que a área de lazer dos moradores do entorno e até mesmo do que os problemas ambientais dos moradores acima e dos usuários abaixo dele.

6) A analogia com o HighLine é colocada espontaneamente pela mídia que adora isso por ser um case de sucesso mundial , e foi a X Bienal de Arquitetura do IAB que montou a linda e celebrada expo sobre o HighLine, na nossa sede da Av São João. Nós não temos um fetiche particular pelo HighLine, mas o admiramos assim como gostamos do pioneiro Promenade Plantee e do visionário projeto de 1987 do paulistano Arq. Pitanga do Amparo . Nós não temos projeto de Parque Minhocão como Associação e nem vamos ter . Defendemos um concurso publico de comum acordo com o IABsp. E temos total admiração pelos paisagistas e arquitetos brasileiros que nada ficam a dever com os de fora. Vide Pritzker Prize e ASLA prize.

Fico feliz com as explicações sobre o High Line e, claro, apoio o concurso proposto qualquer que seja a solução dada – a conservadora do minhocão ou a transformadora da cidade – até mesmo por que a vida me colocou à frente, como consultor, de dois dos mais importantes concursos sobre questões urbanas que São Paulo já teve: o das marginais, com Rosa Kliass e Luciano Fiaschi, quando já induzíamos soluções verdes e a criação da agência de gestão da área, e o BairroNovo, quando induzíamos à cidade compacta, de uso misto, de média alta densidade , provida de espaços verdes e de uso público e coletivo.

Adicionalmente, acredito que o canto do cisne da idéia da demolição do Minhocão foi emitido pelo ex-prefeito Kassab…

Espero que não seja o canto do cisne, pois a ideia da demolição está mais viva que nunca.

Desde Olavo Setubal isto se discute e se cogita, sendo que na gestão Erundina, quando se consolidou o fechamento parcial do elevado, este tema foi forte, como citei anteriormente. Ela propôs, meio atabalhoadamente talvez, uma conversa sobre o rodoviarismo urbano, propondo demolir também o viaduto diário popular e fechar o túnel sob o rio pinheiros…

A questão voltou na gestão Marta, na gestão Serra, que como bom rodoviarista encampou uma solução de colocar vidros de proteção sonora e construir mais um andar para os carros, salvo engano da minha parte, e retornou, sim, na gestão Kassab, condicionado, equivocadamente, ao impossível enterramento da linha férrea.

Na verdade, o tema demolição de obras de arte viárias e recuperação da qualidade de vida dos espaços urbanos e dos espaços de uso coletivo (públicos ou privados) que as mesmas destroem é antigo e recorrente no chamado primeiro mundo (data do final da década de 70), estando um pouquinho mais lento entre nós.

Mas o tempo sempre está a nosso favor e o trabalho de sua Associação, do Parque Augusta, Arte Fora do Museu, Galeria Choque Cultural, IAB, Águas Claras do Rio Pinheiros, os coletivos de arte, o pessoal do Skate, da arte urbana, do picho, do Hip Hop, das bicicletas, do Passe Livre, entre outros tão importantes, além do próprio Plano Diretor, têm ajudado a recuperar e amplificar esta questão.

O que espero, para finalizar e agradecendo mais uma vez o seu trabalho pela cidade e esta provocação tão saudável e tão honrosa, é ter podido expor com clareza os motivos que levam um grupo também bastante significativo de pessoas a considerar que a demolição do minhocão é imprescindível para a melhoria da qualidade de vida da cidade como um todo e não apenas de grupos específicos.

Demolir o Minhocão é uma ação que resolve os graves problemas daqueles que moram acima da linha da laje e do asfalto, os graves problemas daqueles que usam a cidade abaixo da linha da laje, e que, sobretudo, viabiliza a recuperação do centro da cidade como articulador desta metrópole complexa que tanto amamos, passo necessário para que qualquer outra solução se consolide e não se perca na desarticulação e desagregação que hoje caracteriza nosso tecido urbano.

Uma ação que associada aos novos instrumentos como a cota de solidariedade, a cota ambiental e a ZEPEC, transformará aquela região como um todo, respeitando sua história, sua diversidade sócio-econômica e cultural, seu simbolismo, abrigando um grande e diversificado contingente populacional e atividades econômicas em várias escalas e raios de abrangência.

Isto, além de criar trabalho, emprego, geração de renda e recolhimento de impostos, taxas e tributos para uma cidade com o orçamento combalido e doente pois, afinal, está-se falando de mais de 10 milhões de metros quadrados de áreas a serem recuperadas, reformadas, construídas, resgatadas, ocupadas, vivenciadas, por pelo menos os próximos 15 anos.

Por fim, quero sinceramente desejar que a criação de uma área de lazer suspensa no centro de São Paulo não seja, como pode dar a impressão, um movimento conservador que mais se assemelharia, neste caso, ao canto da Sereia, que ao invés de nos levar ao almejado paraíso, nos mergulha e nos afoga nas profundezas dos problemas criados por nós mesmos para a cidade durante o apagão urbanístico dos últimos 40 anos.

Fica o convite: vamos juntos ocupar o Parque da Cidade na Gustav Willi Borghof, da Pompéia até a Rua da Várzea, do SESC Pompéia até o Memorial da América Latina. Está pronto, é só ocupar!

Parabéns São Paulo! Viva São Paulo! A nossa cidade.

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Valter Caldana

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