Há muitos anos a revista The Economist faz uso do Big Mac Index para avaliar se uma moeda está desvalorizada ou sobrevalorizada. Tomando o preço do Big Mac como referência se calcula se uma moeda está acima ou abaixo do seu valor “real”.
Por exemplo, no Brasil o Big Mac custa R$ 9,5, ou US$ 6,16, mas nos EUA o custo de um Big Mac é de US$ 4,07, a diferença em US$ “a mais” (6,16 / 4,07) seria a sobrevalorização do real. A taxa atual Real x Dólar (R$ 1,54) deveria ser corrigida por * 6,16 / 4,07.
A revista, no entanto, reconheceu que só comprar o preço do Big Mac é insuficiente e impreciso, e então adicionou o PIB per capita como fator de moderação, considerando que preços em países de PIB per capita baixo também são mais baixos (sobretudo salários) e por isso devem ser considerados. Esse reconhecimento que os preços que formam o valor final do Big Mac no Brasil são mais baixos (por exemplo a mão de obra do Big Mac e de sua cadeia) elevou a nossa sobrevalorização, o Brasileiro paga “muito” por um Big Mac. Estaríamos com 150% de sobrevalorização.
Resumindo, está bom para viajar no exterior, comprar no exterior, mas para exportar não está nada fácil…
Não compro muito a idéia deste ajuste. Ele mostra o custo relativo a renda do sanduíche em cada país. A partir daí extrapolar um câmbio “justo” me parece pouco realista.
O Big Mac tem uma composição de custos interessante para o cáculo de poder de compra por ter um equilíbrio entre os itens “tradeables e non tradeables” no seu custo.