A Folha publicou hoje mais uma matéria sobre o minhocão. Leia aqui
Desde a aprovação da Lei que permite à Prefeitura colocar dinheiro bom em coisa ruim, nesta porcaria, eu parei de falar no Minhocão… Uma certa tristeza resignada se abateu sobre meu espírito. Ms ao ver esta matéria não resisti. Me desculpo.
Os custos diretos (dos indiretos já falei em outras ocasiões) envolvidos na manutenção do elevado são tão acintosamente astronômicos que não há o que os justifique em nossa cidade hoje. E o argumento, expresso na matéria, de que não se trata de investir nada ali pois o parque já existe chega a agredir.
Mas vamos lá… consideremos que o parque já existe!
Desta afirmação, por observação se pode tirar duas conclusões.
A primeira: ele existe, funciona e não altera e não melhora em absolutamente nada a vida de quem mora, de quem trabalha, de quem frequenta, de quem passa por aquela região da cidade; como se não bastasse, ele não colabora em absolutamente nada para superar os problemas do centro que o elevado causa; por fim, ele não auxilia em nada a necessária rearticulação das áreas centrais com a cidade e a região metropolitana.
A segunda: tudo o que se tem feito sobre o elevado pode ser feito melhor e de forma mais abrangente no chão da cidade.
Portanto, por que a insistência em mantê-lo?
Abaixo o minhocão, a cidade para o cidadão!
Valter Caldana