Cadê a medalha? Não! Cadê o medalhista!?

O Brasil não consegue decolar em número de medalhas em Olimpíadas…
O que isto tem a ver com educação?

Uma das questões mais graves provocadas pela indigência de nosso sistema público de ensino fundamental e básico é que ele deixou de ser capaz de desempenhar, ao longo deste seu lento processo de agonia, uma de suas principais funções como se vê no mundo todo, dos EUA à China, passando por Japão ou Dinamarca.

É a capacidade de, sendo um sistema capilar, detectar, reconhecer e, então, incentivar e encaminhar vocações. Sejam vocações na área esportiva, sejam vocações no campo intelectual ou científico.

O sistema educacional americano, considerado bastante falho por muitos (e parece que é, de fato) faz isso magistralmente. O Chinês e o Russo também… Aparentemente os países centrais europeus também… E, claro, isso se faz com ensino público, gratuito e universal fundamentado na construção da cidadania e da inserção social do jovem, não em suas necessidade funcionais básicas – saber ler e escrever e somar e diminuir.

Por aqui, pelo que sabemos, o Congresso nacional apenas discute a velocidade com que vai dar o tiro de misericórdia no sistema… E, enquanto as pedras rolam, as panelas batem.

Para não dizer que não falei de flores. Na recente insurgência dos estudantes secundaristas do Estado de São Paulo o governo respondeu que estava fechando salas por ter 40% de capacidade ociosa… Ao que poucos se tocaram (mesmo?) que esta afirmação desqualificada apenas estava dizendo que, se quisesse, o Estado de São Paulo, o ainda mais rico da federação, poderia transformar, imediatamente, 40% da rede em período integral, onde este sistema capilar de detecção de vocações poderia ser exercido e exercitado. Mais do que uma necessidade, uma obrigação!

E parabéns ao Exército por ter programas de preparação de atletas que, em minha opinião, podem sim – devem – bater continência no pódium pois estão batendo continência à bandeira, símbolo pátrio, e à nação, não à corporação.)

Valter Caldana

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