O PT do PT.

Ainda bem que esta entrevista foi dada ainda em 2017. O cenário e o contexto são mais adequados pois, afinal, este foi o ano da boca livre. Deste modo, Freixo conseguiu espaço, atenção e divulgação. Vamos em frente.

Já faz tempo que falo que o PSOL é o efeito Orloff do PT ao contrário… eu sou você ontem. Isto já estava claro há tempos e se confirmou com a candidatura Erundina e mesmo do Freixo no Rio.

Como para o PT em sua primeira década, a prioridade do PSOL é o seu próprio fortalecimento, crescimento e amadurecimento. Conquistar espaço no tabuleiro. Percurso de longo prazo, não importa o hoje, o amanhã, mas a semana que vem.

Não fora a lavada que o Haddad levou do Doria e a pífia votação da Erundina, o fato é que em situações normais a candidatura « própria » poderia ter provocado efeitos colaterais intensos, como foi a candidatura Suplicy em 1985 em São Paulo.

No entanto, noto uma diferença que talvez seja fundamental neste quadro, que o torna farsa, como se sabe. Enquanto ao PSDB coube organizar parcela importante da classe média e a interlocução da transição negociada e ao PT coube organizar e capitalizar um já então importante conjunto militante de base (sindicato, igreja e universidade) o PSOL pelo que vejo se apresenta um pouco isolado, dependente de quadros brilhantes e de militantes incomodados…

Me parece pouco. Mas sou suspeito pois sempre fui pela unidade.

Valter Caldana

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