Muito papel, pouco juízo.

Passados pouco menos de cinco anos números indicam que várias diretrizes do Plano Diretor estavam corretas.

É uma pena que o restante do marco regulatório não tenha sido desenvolvido à altura. E, pior, parte dele se tenha tentado, nos últimos dois anos, reverter.

É uma pena e um desperdício. É assim que perdemos tempo, energia e, pior, vamos ficando para trás no cenário nacional e mundial das grandes cidades competitivas. Isto num mundo,que aceleradamente se organiza em redes de cidades e não mais de países.

Enfim, nosso retrato. Não saiu a revisão precipitada do Zoneamento, não saíram os Planos de Bairro, não saíram os Projetos Locais, os Planos Setoriais estão em compasso de espera e os Planos Regionais, os mais discutíveis e menos necessários nos seus moldes atuais, estão na gaveta. Os PIUs subvertidos, as Operações Urbanas encalhadas e o 2040, um sólido documento, sendo solenemente ignorado.

Não nos falta papel. Nem mesmo competência.
Nos faltam juízo e lideranças.

Valter Caldana

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