O Estadão de hoje noticia que o mercado imobiliário, segundo ele próprio e os dados a que se tem acesso, inicia nova fase de expansão. Não há motivo para não considerar isso uma excelente notícia.
Mas, também, ao lado da comemoração não há como não coteja-la com a prematura revisão da Lei de Zoneamento em ano eleitoral. (leia análise aqui)
Temo que, ao final, a instabilidade jurídica e o salve-se quem puder que poderá se estabelecer ano que vem durante a tramitação do projeto na Câmara comprometa gravemente o bom momento.
E, mais grave, comprometa a colheita dos bons resultados do Plano Diretor e a constituição de uma base de dados que permita, então, uma revisão consistente e profícua em 2021.
Uma revisão que consiga, sobretudo, reverter as distorções nos valores do m2 resultante nos corredores mais bem posicionados na cidade, o que tende a se agravar com a proposta de liberação do número de vagas para automóveis particulares nos empreendimentos ali situados.
Enfim, vamos torcer para que esta expansão não seja mais um solene voo de… galinha.
Valter Caldana