VAI DE TAXI?

A opção rodoviarista tem muitas explicações, porém só uma justificativa. Havia a necessidade de interligar o país, em especial rumo ao interior, o mais rápido possível.
Não obstante, esta necessidade jamais será suficiente para justificar o erro estratégico de tornar única e permanente a solução de curto prazo adotada, com o literal abandono de todas as outras. Desde a ferroviária, a mais óbvia e claramente a mais eficaz no médio e longo prazos, passando pelo transporte aéreo, pelo fluvial, no interior, e pela cabotagem, no litoral.
A multimodalidade, na estruturação da mobilidade nacional e regional é tão importante quanto na estruturação da mobilidade municipal. Este é um conhecimento consagrado no mundo desde meados do século XIX. No Brasil, ela foi negligenciada nas três escalas de organização do país ao longo de toda a segunda metade do século passado, o século XX.
Chegamos ao século XXI e para piorar a situação, vem a estruturação corporativista do Estado, quase sempre ocupado por interesses específicos e bem pouco coletivos, públicos e… sensatos.
Por aqui, o que o liberalismo nacional parece não querer perceber, o que se privatiza é o monopólio, não a liberdade de empreender. Ocorre que o monopolismo é que é nefasto, não a ação do Estado, se esta for transparente e pública.
Os monopólios estão presentes em todos os setores estratégicos da nossa economia. Ocorre que o monopolismo, seja de Estado, seja privado, é sempre pernicioso e prejudicial à maioria e ao indivíduo.
Valter Caldana
https://economia.uol.com.br/colunas/cleveland-prates/2021/12/30/congresso-restringe-competicao-e-viagem-de-onibus-rodoviario-continua-cara.htm

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