DESTERRO DEGREDO

O simbolismo embutido no desterro dos acervos é forte demais. O de Lúcio, condenado ao contraditório degredo na Metrópole que nos esbofeteia as sequer rubras faces diante de nossa própria incompetência é de uma virulência atroz.
Como uma mãe que aceita perder um filho na vã esperança de salvá-lo, como fez há poucas semanas uma mãe afegã em rede mundial de televisão, a inteligência ,,, brasileira entrega o acervo e, sim, a posse e a guarda do legado do que simboliza seu patrono, que é uma espécie de pai. Entrega-se filhos, pais, irmãos, amigos. Entrega-se o que se tem, na esperança de que um dia recebam o que não se tem.

Valter Caldana

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